A direção das instituições de Misericórdia cabia a membros de prestígio e posses em uma determinada sociedade, realçando a importância do cargo de provedor.
Em Mogi das Cruzes o “Asylo da Sociedade Mogyana de Beneficiência” começava a funcionar em 1873, tendo como 1º secretário, o futuro redator do primeiro jornal da cidade “A Gazeta de Mogy das Cruzes” e na sua direção, membros da Câmara Municipal e da Guarda Nacional.
A Câmara Municipal encaminhou para Assembléia Legislativa, no ano de 1900, dois pedidos de verbas, “concedidos em annos anteriores”para “o Hospital de Isolamento de variolosos d’esta cidade e a Santa Casa de Misericórdia, denominada Asylo da Sociedade Mogyana de Beneficiencia”.
Vinte e dois anos eram passados desde as primeiras experiências, em 1878, com o isolamento de doentes longe dos locais mais habitados, seguindo o modelo norte-americano e europeu no tratamento da varíola (assunto tratado em postagens anteriores como varíola e o Lazareto do Itapety), aliando o binômio pobreza-doença.
Segundo Giovana Mastromauro que estudou os hospitais de isolamento
“As pessoas que estavam com suspeitas de doença,quando percebidas na rua pela polícia sanitária, eram recolhidas e imediatamente levadas ao Desinfetório Municipal. Uma vez constatada a doença eram levadas finalmente ao Hospital de Isolamento. O doente entregava suas vestes às enfermeiras, que as levavam para desinfetá-las. A partir desse momento, o enfermo se tornava praticamente num detento, e era considerado nocivo para a sociedade. (...) O regulamento para os hospitais de isolamento é explicitamente segregador”
Vinte e dois anos eram passados desde as primeiras experiências, em 1878, com o isolamento de doentes longe dos locais mais habitados, seguindo o modelo norte-americano e europeu no tratamento da varíola (assunto tratado em postagens anteriores como varíola e o Lazareto do Itapety), aliando o binômio pobreza-doença.
Segundo Giovana Mastromauro que estudou os hospitais de isolamento
“As pessoas que estavam com suspeitas de doença,quando percebidas na rua pela polícia sanitária, eram recolhidas e imediatamente levadas ao Desinfetório Municipal. Uma vez constatada a doença eram levadas finalmente ao Hospital de Isolamento. O doente entregava suas vestes às enfermeiras, que as levavam para desinfetá-las. A partir desse momento, o enfermo se tornava praticamente num detento, e era considerado nocivo para a sociedade. (...) O regulamento para os hospitais de isolamento é explicitamente segregador”
A varíola seguia como realidade, a não aceitação da vacinação e do pus vacínico contribuía para dizimar vidas pelos anos 1880 – 1890, especialmente com a epidemia de 1892 em Mogi das Cruzes.
Em 1900 a vacina ainda era recusada, o isolamento era adotado.Disponível em http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/3437/a-histeria-da-vacina |
Os temores sobre vacinas eram compreensíveis quando elas eram algo novo, mas são as preocupações atuais fundamentadas?
Fontes: Arquivo da Assembléia Legislativa de São Paulo, caixa 213
Mastromauro G C. Urbanismo e salubridade na São Paulo Imperial: o Hospital de Isolamento e o Cemitério do Araçá. [dissertação]. Campinas (SP): Universidade Católica de Campinas; 2008.
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